terça-feira, março 20, 2007

TV Câmara acompanha treinamento da FAB em Rio Preto


A FAB (Força Aérea Brasileira) reúne mais de 70 mil homens e mulheres que vivem cruzando o céu do país. A missão é fazer a segurança do espaço aéreo brasileiro. O comando da aeronáutica dividiu o país em sete comandos aéreos regionais.

O 4º ETA (Esquadrão de Transporte Aéreo), responsável pelos espaços aéreos paulista e mato-grossense, trouxe na última semana 40 membros que realizaram o treinamento para lançar suprimentos na região de Rio Preto, o último fora da capital. Uma equipe da TV Câmara de Rio Preto acompanhou parte dos treinamentos na cidade.

Segundo o tenente Leandro Laudelino Natal, o treinamento tem como objetivo aperfeiçoar o esquadrão para missões de entregas de suprimentos, munições e até medicamentos em lugares de difícil acesso e às vezes tomados pelo inimigo. “É como se fosse um rallye de regularidade o tempo é decisivo nessas missões, não podemos errar, a precisão é muito importante”, diz.

Após definirem os detalhes da missão em uma reunião entre os tripulantes chamada de briefing, onde eles trabalham com todas as hipóteses, inclusive a de pane em alguma das aeronaves, os aviões partem para o vôo. Cada avião sai com no mínimo três tripulantes, o piloto, co-piloto e o mecânico. Nas aeronaves de carga, dois outros tripulantes vão a bordo do bandeirante C-95, o navegador e o lançador.

Os tripulantes orientam o percurso baseando-se em cartas de vôo, comparando as características geográficas, calculando o tempo e a velocidade necessária para atingir o objetivo determinado na reunião. A carga é lançada quando as aeronaves chegam ao local determinado como alvo. Diminuindo a velocidade e baixando a altitude à carga é lançada procurando observar sempre a precisão, o atraso de 1 segundo no lançamento pode significar um erro de 60 metros. “O mais importante é o vento. Temos que saber a direção e a intensidade para obter um lançamento preciso. Um erro de até 50 metros do alvo é aceitável”, diz Laudelino. Os lançamentos são feitos a uma altura máxima de 150 metros e a uma velocidade média de 200 quilômetros por hora.

Um acampamento com quarto, refeitório e cozinha, que funciona como restaurante itinerante, é montado no local do treinamento. Parte da comida é preparada na base, vem congelada e dura cerca de seis meses. Um forno elétrico alemão regenera toda a comida que quando servida parece ter sido feita na hora. O que não vem congelado, como arroz e feijão, também é preparado nesse forno, que custa em média US$ 20 mil dólares.

A escolha de Rio Preto segundo o tenente Laudelino é devido a infraestrutura da cidade. “Rio preto é sempre escolhida para fazermos o treinamento porque além excelentes condições, seja no aeroporto, com pista, pátio e hangares, a estrutura da cidade, sua rede hoteleira e outros itens faz com que escolhêssemos a cidade”.

Quando questionado sobre como se sente fazendo parte do esquadrão Laudelino afirma. “É uma grande honra com certeza fazer parte do 4º ETA, principalmente por ser um esquadrão que conquistou varias vezes o RAT (Reunião da Aviação de Transporte) e é reconhecida nacionalmente pelo seu desempenho, potencial, capacidade e profissionalismo”.

A primeira e única mulher a fazer parte do esuqdrão é a sargento Vivian Tafakgi que trabalha na parte administrativa do 4º ETA. “Para mim é maravilhoso, foi à profissão que escolhi e estou gostando muito. Tenho bastante operacionalidade no esquadrão e é super legal fazer parte disso, estar ajudando o país e a força aérea”. Segundo Vivian não houve dificuldade dentro do esquadrão e seu sonho é continuar no 4º ETA, mas por enquanto ela não quer pilotar. “É preciso muita coragem”, afirma. (NE)

Foto: Natália Espanholi
Data: 13/10/2005

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