segunda-feira, maio 26, 2008

Birigüi discute acesso para deficientes

Natália Espanholi
Sábado - 15/09/2007

Birigüi - O Comude (Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência) de Birigüi realiza na terça-feira, a partir das 7h30, no auditório da Unimed, na praça Américo Fiorotto, 310, no centro, o seminário "Construindo uma Cidade Acessível".

De acordo com a presidente do conselho, Fernanda Fernandes, o objetivo do seminário é sensibilizar e mobilizar poder público, empresários e população em geral sobre as condições apresentadas ao deficiente na cidade. "Sou deficiente visual e o que queremos é que as pessoas vejam as dificuldades que nós temos e que também percebam as nossas necessidades", disse Fernanda. "Essa conscientização de que somos pessoas normais pode ajudar muito."

A pessoa portadora de deficiência é toda aquela incapaz de assegurar por si própria, no todo ou em parte, as necessidades de vida individual e social normal, como resultado de uma deficiência de nascimento ou adquirida em suas capacidades física e mental.

Duas palestras serão ministradas no seminário. O pedagogo Gilberto Cecche fala sobre "Métodos de inclusão e acessibilidade na educação e no trabalho". A outra palestra, "A importância das políticas municipais de acessibilidade e mobilidade urbana", será ministrada pela bacharel em Direito Enezilda dos Santos Silva, fundadora do Conselho de Saúde de Campinas. Ela é também voluntária em projetos sociais de atendimento à pessoa com deficiência e suas famílias em Campinas.

Na primeira palestra, serão chamadas cinco pessoas para voluntariamente colocar vendas e imaginar a vida de um portador de deficiência. "Com isso, esperamos que os caminhos se abram e que as pessoas se conscientizem da importância do que estamos falando", disse. Segundo a presidente, são esperadas cerca de 120 pessoas.

De acordo com Fernanda, as dificuldades para deficientes são muitas em Birigüi. "Não possuímos ônibus circular adaptado para cadeirantes, não temos acessibilidade em vias públicas, como calçadas, os prédios públicos e privados também não têm adaptações e os hotéis da cidade também não", disse. "A situação está crítica, não sabemos como começar, mas temos consciência de que temos que agir urgentemente."

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 10% a 14% da população no Brasil possui algum tipo de deficiência. Em Birigüi, não existe estatística sobre portadores de deficiência. "Aqui não existe um cadastro e isso também é um problema porque não sabemos o número de pessoas que precisamos ajudar."


Fonte: Folha da Região
Data: 15/09/2007

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