Lavrador é condenado por homicídio
O lavrador Eduardo Machado da Silva, 24 anos, de Clementina, foi condenado ontem a 19 anos de prisão em regime inicial fechado. O júri foi presidido pelo juiz Gustavo Müller Lorezato no Tribunal do Júri no Fórum de Birigüi. Participaram do julgamento o promotor Rodrigo Mazzilli Marcondes e o advogado de defesa Cléo Flores Sivieiro. A defesa pretende apelar da sentença. "Creio que a pena foi alta e ele não deve algumas das qualificações apresentadas, por isso vou apelar", disse o advogado.
Eduardo e outros três lavradores de Clementina, Edvaldo Machado da Silva, 22, Gil Hélio da Conceição, 23, e Marcelo Rodrigues, 19, são acusados de assassinar o funcionário público Clodoaldo de Souza Santana, 26, no dia 14 de maio de 2006. O crime ocorreu em uma lanchonete na esquina da rua João Francisco Vasquez com a rua São Paulo, no centro de Clementina.
Segundo a polícia, os quatro acusados iniciaram a briga na praça da cidade e a vítima, que conseguiu correr, teria pedido abrigo na lanchonete. Com medo do tumulto formado pela briga, o proprietário do estabelecimento fechou o portão impedindo que Edvaldo, Eduardo, Marcelo e Gil Hélio entrassem na lanchonete. Os quatro teriam forçado o portão e despistado o proprietário para entrar e espancar a vítima até a morte. De acordo com o depoimento de testemunhas, Edvaldo teria jogado uma garrafa que atingiu a cabeça da vítima, que desmaiou e caiu. Os acusados teriam então chutado e espancado Santana com pedaços de madeira e garrafas.
Durante o interrogatório no tribunal, Eduardo negou as acusações afirmando não ser verdade os fatos narrados pelos policiais. Segundo ele, a polícia o estaria perseguindo por ser irmão de Edvaldo. "Não estou a par do envolvimento do meu irmão no caso. Não converso e não conversei com ele a respeito disso. Eu não sei dizer quem foi o responsável pelo homicídio", disse ele ao juiz. "Eu saí de casa por volta da meia-noite para buscar um lanche cinco quarteirões para cima do local do crime, passei pela praça e vi a briga, mas não parei para falar com ninguém. Não sei a hora que saí da lanchonete e só fiquei sabendo do acontecido uma semana depois, quando estava em Penápolis", disse.
De acordo com Eduardo, ele saiu de Clementina no dia seguinte ao crime com sua mulher e ficou hospedado em Penápolis na casa de um conhecido. "Meu pai me disse do crime quando liguei para ele. Fiquei em Penápolis por um mês; só saí de lá quando fui preso", afirmou ele ao juiz. Quando questionado a respeito das provas de que ele estaria envolvido no crime, Eduardo disse estar indignado. "As provas são falsas", afirmou.
A polícia acredita que o crime tenha ocorrido devido a um acerto de contas, pois, de acordo com moradores da cidade, todos teriam envolvimento com drogas. Edvaldo, Marcelo e Gil Hélio foram presos em flagrante logo após o crime. Eduardo conseguiu se livrar do flagrante porque estava foragido.
Gil Hélio, um dos acusados, já foi julgado e condenado no dia 29 de maio deste ano a 17 anos e seis meses de prisão em regime fechado. Os outros dois acusados, Edvaldo e Marcelo, devem ser julgados ainda este ano. Silva está preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José do Rio Preto.
Fonte: Folha da Regiao
Data: 08 08 2007


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