segunda-feira, maio 26, 2008

Birigüi registra 269 casos de leishmaniose em cachorros

Natália Espanholi
Quinta-feira - 06/09/2007

Birigüi - O CCVZ (Centro de Controle de Vetores e Zoonozes) de Birigüi registrou desde o início do ano 269 animais com leishmaniose. De acordo com o veterinário Fabiano Pantaroto, diretor do CCVZ, os números são praticamente iguais aos do mesmo período do ano passado. A maioria dos animais foi sacrificada. "Faltam alguns que foram notificados nesta semana e ainda estão no prazo para realizar a contraprova", disse o veterinário. Segundo ele, todas as contraprovas deram positivo. "Caso o segundo exame dê negativo, devido à imunidade do animal ou se ele estiver muito debilitado, é feito um terceiro exame", disse. "Até agora, nenhum deu negativo." O município encaminhou ao Instituto Adolfo Lutz 5.249 amostras de sangue de animais. Dessas, 3.585 ainda não voltaram.

Em 2006, foram registrados 34 casos de leishmaniose em humanos, sem nenhuma morte. Este ano, são 18 casos positivos, também sem morte. A leishmaniose é uma doença causada por protozoário e atinge cães, lobos e roedores silvestres. Ela é transmitida aos animais e ao homem pelo mosquito palha. A doença se manifesta no cão pelo aumento do baço e fígado, crescimento exagerado das unhas e ferimentos na pele que não cicatrizam. O tratamento de cães é controverso porque o animal pode continuar com o protozoário e transmitir a doença pela picada do mosquito, por isso o cão contaminado é sacrificado. No homem, a doença pode ser tratada, com 95% de chances de cura, se diagnosticada a tempo. Os sintomas são febre prolongada, emagrecimento e diarréia.

O Código Penal Brasileiro enquadra como crime contra a saúde pública não adotar o sacrifício, como medida sanitária, para a eliminação dos cães doentes ou portadores. O dono do animal tem direito legal de requerer a confirmação do exame positivo para leishmaniose, por meio de novos testes.

A vacina contra a leishmaniose, desenvolvida no Brasil por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é comercializada para um número restrito de veterinários em regiões endêmicas. A vacina ainda não foi aprovada pelo Ministério da Saúde para uso em campanhas em massa de controle da leishmaniose.

De acordo com o ministério, estudos experimentais apontam que a vacina demonstra eficácia contra os quadros clínicos moderados e graves da doença nos cães, no entanto, as evidências disponíveis não fazem referência clara ao efeito da vacina na prevenção da infecção nem sobre a infectividade do cão vacinado para a transmissão da doença.

ANTI-RÁBICA - A campanha de vacinação anti-rábica em Birigüi atingiu 12.297 animais na zona urbana. Desse total, 10.115 foram cães e 2.182 gatos. Na zona rural da cidade, foram vacinados 3.132 animais. De acordo com o veterinário do CCVZ, a campanha continua e quem ainda não vacinou o animal de estimação pode ir até o Canil Municipal, que fica na avenida Cidade Jardim s/nº, no bairro Cidade Jardim. O atendimento ocorre das 7h30 às 11h30 e das 13h às 17h. Mais informações no CCVZ pelo telefone (18) 3643 -3233, ramal 225.


Fonte: Folha da Região
Data: 06/09/2007

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