segunda-feira, maio 26, 2008

Presos recebem vacinas contra doenças

Natália Espanholi
Quarta-feira - 29/08/2007

Birigüi - O CR (Centro de Ressocialização) de Birigüi, de regime semi-aberto, realiza hoje e amanhã uma campanha de vacinação que tem como objetivo imunizar todos os detentos contra hepatite B, febre amarela e tétano. A expectativa é de que todos os 198 detentos sejam imunizados. "Nós faremos a primeira dose dessas vacinas e daremos a continuidade à segunda e terceira doses de detentos que já iniciaram a vacinação em outras campanhas", disse a auxiliar de enfermagem do Centro de Ressocialização, Adriana Dias da Costa Freitas.

De acordo com ela, cerca de 70% dos detentos devem iniciar as doses nesta campanha. "Aproximadamente 138 detentos, dos 198 existentes aqui, devem tomar a primeira dose dessas vacinas que serão aplicadas durante os dois dias da campanha. Os outros 30% darão continuidade às campanhas iniciadas anteriormente." Segundo Adriana, os detentos não são obrigados a tomar as vacinas. "Alguns deles não aceitam tomar as vacinas, dizem que dói, que não gostam e nós não os obrigamos a isso, mas geralmente são poucos que resolvem não tomar."

As vacinas são divididas em três doses. A segunda é aplicada depois de 30 dias e a terceira após 90 dias da primeira dose. "Se caso o detento não quis tomar a vacina naquele dia da campanha e resolver tomar quando estivermos fazendo a segunda ou a terceira dose, o ciclo dele é iniciado sem problema. O nosso interesse é mantê-los imunizados dessas doenças", afirmou a auxiliar de enfermagem. As campanhas dentro do CR são mantidas com freqüência devido à rotatividade e ao grande número de detentos que chegam com freqüência à penitenciária. "Quando um detento chega, nós fazemos uma pesquisa, perguntamos a respeito das vacinas e até pedimos para que ele pergunte aos familiares para que assim possamos dar continuidade", disse Adriana.

A hepatite, uma das doenças mais constantes entre eles, é a inflamação do fígado e pode ser causada por um vírus, por medicamentos ou até pelo consumo abusivo de bebidas alcoólicas. "A hepatite B é um tipo de sério e às vezes muito forte e pode ser fatal", disse Adriana.

De acordo com a auxiliar de enfermagem, as doses são controladas por meio da carteira de vacinação, que é feita a partir do momento que o detento resolve participar da campanha e tomar as doses. "Com a carteirinha, conseguimos controlar as doses que faltam e o que eles já tomaram durante o tempo que ficarem aqui no presídio", disse. Segundo ela, no inverno também é feita a campanha de vacinação contra a gripe.

Fonte: Folha da Região
Data: 29/08/2007

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