Edson e Hudson levam centenas de pessoas ao 2º Rodeio Show de Ibirá Há vinte e dois anos atrás, Edson e Hudson começaram a cantar em praças públicas, bares, rodeios, bailes, mostrando desde crianças ter um grande talento. Filhos de família circense, desde a infância Edson e Hudson não se deixaram intimidar pela vida sofrida e muito difícil.
Persistindo no sonho de fazer sucesso, a dupla gravou o primeiro disco em 95, e no ano de 2002, com um resultado surpreendente de vendas e execução em todas as rádios do país, gravaram o quarto cd "Edson e Hudson - Acústico - Ao Vivo" pela gravadora Abril Music. Desde então Edson e Hudson têm todos os motivos para comemorar o caminho de vitórias, tendo a música "Azul" conhecida em todo o Brasil e conquistando a admiração do público.
Hoje, como uma das duplas de maior sucesso no Brasil, por onde passam são recorde de público, seja em festas de peão ou exposições. Eles estiveram fazendo no 2º Rodeio Show em Ibirá, no último dia 01 de novembro, e a platéia animada cantou e dançou ao som de seus grandes sucessos.
O Grupo de Dança MM Country Dance de Ibirá fez uma participação especial na música “O Bicho vai pegar”. Débora Lugle, Natália Fioroto, Natália Ferrari, Luma Perez, Ana Carolina de Almeida Lima, Bárbara Spagna, Rafaela Gaspar dançaram e estiveram pertinho de uma das duplas de maior sucesso no mundo country.
Confira abaixo uma entrevista exclusiva da dupla cedida a Folha da Região
Natália Espanholi – Como começou a carreira de vocês? Vocês tiveram um empurrãozinho no começo, como foi?
Edson – Um empurrãozinho? (risos) Não, nós trabalhamos muito, começamos a cantar com 5 e 7 anos. Nós viemos do circo e o empurrão que nós tivemos foi dos nossos pais que sempre estavam próximos da gente nos incentivando.
Natália Espanholi – Qual é o segredo para manter todo esse sucesso?
Edson – Trabalho né Hudson.
Hudson – Procurar fazer músicas boas, músicas que as pessoas vão gostar. Trabalhar com respeito e trabalhar muito, porque o sucesso não é uma explosão que acontece do nada, é o fruto de muito trabalho, muita ralação. É continuar trabalhando bastante.
Natália Espanholi – Como é o relacionamento de vocês com as outras duplas sertanejas?
Edson – Bom demais. Nós temos o maior respeito por todas as duplas, inclusive nós gravamos até uma música com Rio Negro e Solimões, que é o “O Bicho vai Pegar”. Enfim, temos aqueles que somos mais próximos como o Rio Negro, como o Chitão que estamos sempre no programa dele, mas nós temos um relacionamento muito bom, sem problema nenhum.
Natália Espanholi – E o repertório para esse show? Como vai ser esse show?
Edson – É uma mistura dos nossos grandes sucessos, é um show pra cima, para galera dançar, tem o momento romântico, tem o momento da viola. Enfim é um show que a galera tem gostado muito, tem sido um sucesso de crítica em todo o Brasil.
Natália Espanholi – Qual a importância dos fãs pra vocês?
Hudson – A importância é total, porque se não existissem os fãs não haveria a dupla Edson e Hudson. Nós temos todo o respeito, amamos todos os fãs porque foi difícil conquistar essa galera que vem curtir o nosso show, então nós temos o maior carinho, respeito e admiração.
Natália Espanholi – Uma mensagem pros fãs e para os leitores da Folha da Região.
Edson – Nosso muito obrigado por curtir Edson e Hudson. Queremos agradecer vocês da Folha da Região, a Natália e toda essa galera que está fazendo esse trabalho maravilhoso. Que Deus abençoe.
Eu com Edson e Hudson - Ibirá/SP
Data:01/11/2004
Foto: Davi Oliveira
Rick e Renner agitam o Festival Naútico em Alto AraguaiaCom 10 anos de carreira e lançando seu 11º CD, Rick e Renner estão entre as maiores duplas sertanejas do Brasil.
Descobertos por Zezé Di Camargo, em um dos tantos shows que faziam pelas casas noturnas de Goiás e já no sétimo ano de trabalho, eles foram encaminhados para o produtor e editor musical Manuel Nenzinho Pinto. Descrente a princípio, achando que se tratava de promessa furada dos artistas famosos, maravilhados com a realidade, Rick e Renner foram levados pelo produtor à gravadora Continental East West e assinaram contrato que dura até hoje, dando início assim, a uma das mais bem sucedidas carreiras musicais da atualidade no Brasil.
Confira a entrevista exclusiva cedida a Folha da Região.
Natália Espanholi - Como tudo começou? Vocês tiveram um empurrãozinho no começo?
Rick - Um empurrãozão, e quem deu esse empurrão foi o Zezé (Zezé di Camargo e Luciano). A carreira começou na verdade, quando se fala em 10 anos são 10 anos de disco, porque de estrada mesmo são 20 anos, nós começamos bem no passado mesmo. Na verdade tem uns 20 anos que estamos falando que tem 20. Nós começamos ali em Brasília nas casas noturnas, a partir daí começamos a fazer um trabalho sério e, depois de quase 10 anos viemos a gravar o primeiro disco através do Zezé di Camargo a pessoa que deu o famoso empurrão, e a partir dai temos tido um carinho não só do público, mas do meio e da imprensa de uma forma geral, e estamos procurando cuidar dessa oportunidade.
Natália Espanholi - Renner, antes de você conhecer o Rick, você já trabalhava com a música sertaneja?
Renner - É eu já cantava música sertaneja, mas eu passei por um período cantando em banda de baile, tocávamos de tudo um pouco. Sempre gostei muito do rock também, por ter nascido em Brasília ta no sangue o rock and roll, mas a música sertaneja também, até porque minha família e familiares são todos de Minas Gerais, e a gente vem com aquele gosto pela terra, pelas coisas do campo. Eu sempre gostei muito da música em geral independente de ser música sertaneja ou rock and roll, eu gosto da música porque independente do estilo a tendência é você está sempre absorvendo e crescendo como músico.
Natália Espanholi – Qual é o segredo para manter todo esse sucesso?
Rick – Acho que a humildade é o ponto principal, você tem que ser acessível, respeitar as pessoas. A gente tem uma coisa que eu acho que a galera gosta pra caramba que é essa coisa de atender aos fãs, atender a imprensa sempre que somos cobrados, estamos sempre atendendo a imprensa, os fãs. O Deus lá em cima é primordial, você tem que acreditar nele acima de qualquer coisa é um conjunto de coisas, a qualidade do trabalho, se isso não tiver qualidade não vira nada. Tem que ter boas músicas, um repertório legal, e esse conjunto de coisas acaba virando sucesso. Se tiver a resposta da galera, se eles consumirem o trabalho aí é só correr pro abraço.
Natália Espanholi – Como vocês vêem essa invasão da internet onde pessoas podem baixar gratuitamente músicas e também da pirataria?
Renner – Desde o início eu sempre analisei que caminhamos para um progresso, e a humanidade caminha em círculos, e estamos voltando ao começo a partir do momento que você chegou num ponto tão longe na informação você vai começar a colher os prejuízos com ela. E hoje o computador por ser uma máquina tão poderosa, e às vezes sendo operado por pessoas leigas até que sabem cometer o crime, mas não sabem as conseqüências que levam. Nós somos vítimas hoje da informática, é uma coisa conseqüente que você não tem como evitar, e outra coisa é que daqui a 10 anos outras coisas aparecerão, eu sinto muito estarmos sendo vítimas disso. Nós lançamos uma música hoje, e de repente a pessoa gosta só daquela música no disco, ela não precisa comprar o disco, ela vai lá e baixa como MP3 e tem um CD de alta qualidade na mão pra ouvir onde quiser. Infelizmente chagamos a esse ponto, mas vamos levar o trabalho à sério cada vez mais, com muita qualidade e as pessoas tem que se conscientizar que isso é crime, se conscientizar para que as coisas mudem.
Rick – A pirataria é um câncer, que infelizmente não vemos cura, pelo menos em curto prazo, mas existem algumas coisas sendo feitas, nós participamos de eventos contra a pirataria, há possibilidade de que mais tarde o governo venha transformar o CD em bem cultural, que seria uma forma de baixar o preço. Dias melhores virão não podemos só acreditar que as coisas vão piorar, porque existem homens com cabeça boa pra melhorar toda essa situação, estamos em momento político, e temos que acreditar que pessoas decentes vão aparecer, e mudar essa situação. Mas se tem que combater tem que ser lá na fonte, isso é um cartel, uma coisa muito séria. Enquanto o Brasil não abrir os olhos e punir de uma forma mais severa o crime vai continuar, o motivo pelo qual isso acontece no Brasil é a impunidade, a impunidade é um incentivo a qualquer crime. Comprando o disco pirata você esta também sendo conivente com o crime, por isso que pedimos pra galera quem comprem o disco original.
Natália Espanholi – Como é o relacionamento de vocês com as outras duplas sertanejas?
Rick – Sempre que possível temos uma relação muito estreita com as outras duplas, ate estamos combinando inclusive no final do ano pra gente se encontrar, somos muito amigos, mas infelizmente ta cada um trabalhando pra um lado. Algumas vezes que nos encontramos é em um programa de TV, ou quando uma carreta ou ônibus cruza com o outro na estrada, mas existe uma amizade muito grande e temos orgulho de dizer que é o meio mais unido com relação à música.
Natália Espanholi – Como é o repertório do show?
Renner – Cantamos todas as músicas que fizeram sucesso no rádio. Acima de tudo levando um momento de descontração e alegria pro público, essa é a nossa missão.
Eu com a dupla Rick e Renner
Data: Setembro/2005
Foto: Marcela Anicézio